EDUCAÇÃO NO IMPÉRIO ROMANO
No Império romano ocorreram mudanças, onde na educação foi implantado um novo sistema, dando uma atenção literária no processo de ensino, advindo da cultura helenística. Foram traduzidas as obras gregas e estudadas; logo após estudaram seus autores, implantando, assim, a cultura grega na Roma.
Como a família não era preparada para esse tipo de instrução, teve-se a necessidade de professores, com a função específica de ensinar. Nas famílias de alta classe sociais foi hospedado um mestre para ensinar aos seus filhos_ pedagogus ou litteratus. Nas classes mais baixas foram feitas escolas privadas, sem intervenção do estado. Essas escolas se dividem em elementares e médias, onde na primeira, a instrução se dava por meio da leitura, da escrita e do cálculo, ou seja, os alunos aprendiam a ler, escrever e calcular; na segunda, era ensinada a cultura em geral, isto é, as línguas latina e grega, através de seus autores e literaturas, sendo denominada como escola de gramática. Foi constituída uma escola de terceiro grau, que foi a retórica, uma espécie de universidade superior à escola de gramática. A retórica tinha a função de formar oradores com uma finalidade política. “A sua finalidade era formar o orador, porquanto a carreira política representava, para o espírito prático romano, o ideal supremo”. Abrangia desde o Direito à Filosofia, sendo considerado um instrumento de ação. Foram criadas inúmeras bibliotecas que serviam como auxílio para o ensino.
Juntamente com a organização do Império, foram estruturadas as escolas, deixando de ter funções prática e social, para um interesse da aristocracia cultural, decaindo, assim, o diletantismo.
O estado passa a demonstrar interesse pela educação, concedendo imunidade e retribuições aos mestres que davam aula de retórica nas casas particulares; fizeram e ajudaram as escolas nas províncias e fundaram cátedras imperiais nas universidades, dando maior atenção ao Direito.
O interesse do Império com a implantação da cultura foi o de romanizar os povos e expandir sua língua; enfim, de engrandecer por esse meio o império.
Essa expansão levou a cultura a lugares que antes o helenismo não tinha conseguido alcançar, subsistindo além da queda do império romano ocidental, transformando em escolas eclesiásticas, preparadoras do futuro renascimento.